Você acha que a alfabetização é responsabilidade apenas da escola? Pois saiba que a família também tem um papel fundamental na conquista de mais esse desafio. Até porque, uma vez iniciado o processo, a criança vai falar disso o tempo todo, apontar as letras nas placas por onde anda e também perguntar como se escrevem as coisas – seja em casa ou na escola. Para ajudá-la, cabe aos pais oferecer livros e jogos pedagógicos que brinquem com o alfabeto, tornando o momento prazeroso. A coordenadora pedagógica da Epco, Maria Aparecida Batista Correa, dá outras dicas:

1)   Que tal pedir ajuda da criança para fazer a lista do supermercado? Ela vai adorar e treinar a escrita também. Se possível, leve-a junto com você na hora das compras para ela se divertir lendo os rótulos dos produtos e placas nas gôndolas da loja;

2)   Se você ainda não lê para o seu filho dormir, eis uma ótima oportunidade para começar. Livros com rimas e parlendas (versos que rimam) são interessantes não apenas pela sonoridade, mas também porque exercitam a associação da linguagem oral ao códio escrito;

3)   Vocês podem ler, juntos, em voz alta. Além de livros e revistas, vale tudo o que estiver no cotidiano da criança: a bula do remédio, o do cereal preferido dela, a embalagem do xampu e assim por diante;

4)   Deixe um bilhete para ele na lancheira. Ou, então, incentive-a a escrever um bilhete para o amigo ou para os avós, por exemplo. Mas não caia na tentação de soletrar as letras. Se ela perguntar, responda com outra pergunta: “como você acha que escreve?”. Ou, então, diga simplesmente para ela escrever “do jeito dela”. Por último, caso ela insista, mostre no alfabeto ou escreva em um papel.

Além disso, os pais devem conter a própria ansiedade. Algumas crianças leem cedo, enquanto outras demoram um pouco mais. Mas todas aprendem um dia! Não adianta fazer comparações com outros colegas da classe. É preciso respeitar o ritmo de cada uma delas, sem pressão. “No começo, ela vai escrever do jeito dela mesmo, trocando as letras ou até mesmo inserindo outras que não fazem parte daquela palavra. É normal. Mas, em vez de focar no erro, o ideal é valorizar a atitude”, diz Maria Aparecida.  Só assim, a criança vai adquirir a segurança necessária para, entre erros e acertos, chegar lá.